Por Paulo Andrade
Estava a pensar esta madrugada.
Muitas dificuldades teem surgido na vida de alguns. Além dos problemas pessoais e das pedras que vão surgindo em nossa caminhada cristã coletiva, agora estão aparecendo também certas modalidades de evangelho.
As inovações estão aí, e surgindo a cada dia. De uma noite para outra mais e mais novidades vão chegando e a igreja que não quer ficar para trás, também se supre dessas inovações. De conforme a mudança na cultura popular, a igreja também deve adaptar-se para que não fique alienada. Mudanças são necessárias e eu concordo, mas deve-se tomar cuidado com certas inovações. Suspeito que nem todas elas tenham surgido, de fato, no coração de Deus!
O desespero de crescer toma conta da vida de certos líderes, e isso faz que algumas atitudes irrefletidas sejam tomadas, e por conseqüência a reação do povo também não é lá das melhores. O rancor e a raiva levam os liderados a terem outro sentimento chamado rebeldia, que nada mais é que, uma explosão de raiva que produz sensação de liberdade, mas que na verdade, traz um mal maior, a solidão.
Uma dessas inovações é um grupo denominado "os sem igreja", como se fossem os sem teto ou os sem terra do Brasil.
Por terem se decepcionado com a igreja ou com a liderança dela, esse grupo se reúne através da internet (bate papo) para prestarem seus depoimentos e respectivos milagres, alguns chegam a tomar “Santa Ceia” pela internet. Como? Eu não sei, mas fazem isso. Reúnem-se em casas onde podem ficar à vontade longe dos dogmas e sistemas das igrejas e assim, como os da internet, dividem suas experiências e testemunhos de milagres. Além desses, falo também dos extremistas, que não se reúnem pela internet ou pessoalmente, se dizem cristãos, mas não professam nenhuma organização. Se dizem cristãos, mas não pertencentes à igreja alguma. Não posso dizer tudo o que penso sobre isso, mas cá entre nós: Como posso fazer parte de um povo se não possuo nenhuma característica que me una a esse povo?
Sei relevar quase tudo, inclusive alguns assuntos relacionados à fé cristã que possuo, mas não consigo entender pessoas que se sintam bem por não estarem vinculados a nenhum povo (igreja). Podem me chamar de apologista da igreja ou coisa parecida, mas de fato essa é uma coisa que não consigo captar.
O que me preocupa, é que esse movimento cresce a cada dia, e muitas pessoas que se diziam fervorosas dentro de uma igreja, agora estão se debandando para esse lado mais “light”, como eles mesmos chamam.
Está claro que muitos pastores despreparados contribuem para que isso ocorra, e aqui não falo de preparação teológica. Ainda que essa também seja de suma importância! Mas falo da verdadeira característica do pastor. Aquela de “dar a vida pelas ovelhas”! Onde está o amor? Onde está o cuidado? Onde estão as visitas? Onde estão as ligações no telefone do “irmãozinho” só para saber se o pobre coitado ainda está vivo ou se precisa de ajuda? Cadê o cheiro da ovelha na “farda engomada” desse pastores? Onde está a preocupação com as almas? E o assistencialismo? Onde estão aqueles velhos pastores que mesmo com suas limitações, se dobravam para exercer o seu chamado? Não quero com isso ferir ninguém, mas de fato não é isso vejo em muitos lugares por onde passo!
O que vejo é o esfriamento do amor, por conta do aumento da iniquidade, e esse talvez seja o maior fator contribuinte para o crescimento dessa nova moda entre os “crentes”.
Todas as organizações possuem assuntos centrais/essenciais e assuntos periféricos/banais. Na igreja não é diferente, e o que faz com que as pessoas se afastem dela é justamente a não observação destes conceitos. Algumas preocupações que deveriam ser consideradas periféricas e banais passaram a ser interpretadas como centrais e essenciais, e isso fez com que o “crente” passasse a exercer seu juízo de valor esquecendo-se completamente do amor, que deve estar acima de qualquer sentimento. É preciso haver um equilíbrio nessa observação, pois caso isso não ocorra, a pessoa está fadada a exercer julgamentos, o que não é aconselhável em caso algum.
De fato muitas coisas mudaram, mas o que é essencial não pode ser mudado, que a pregação do evangelho da paz! E com tantas divisões e abandonos, Cristo deixou de ser pregado e isso não pode ocorrer.
Tome cuidado com as inovações, pois se o Nome de Cristo não for a base, certamente, isso não vem de Deus! Portanto, devemos sempre fazer uma alto análise para não cairmos em mais essa armadilha de achar que o “povo” chamado “igreja” já não seja necessário, e que o libertador chamado Cristo deixe de ser anunciado.
Essa não é uma chamada para pastores ou pregadores, mas sim para todo o cristão. Fomos chamados para anunciar as boas novas e isso não pode mudar. As outras coisas são periféricas, isso é central. As outras coisas são banais, isso é essencial!
Que nossos pastores mantenham o amor em seus corações, que os nossos irmãos tenham paciência com as atitudes da liderança, que os fracos na fé se fortaleçam, que os menos favorecidos não se frustrem. Enfim, a pregação do evangelho seja verdadeiramente a única essência e centralidade da igreja de Cristo.
No demais, que o Amor, a Graça e a Consolação estejam sempre com todos. Amém!
Pastor paulo Andrade.
_____
by Paulo Andrade
I was thinking this morning.
Many difficulties arose teem in the life of a few. Besides the personal problems and rocks that emerge in our Christian walk collective, are now also showing certain details of the gospel.
The innovations are there, and appearing every day. From one night to another more and more news will come and the church is not to be outdone, also meets these innovations. In accordance with the change in popular culture, the church must also adapt to not be alienated. Changes are necessary and I agree, but one should beware of certain innovations. I suspect that not all of them have emerged, in fact, in the heart of God!
The growing desperation takes over the life of certain leaders, and it makes some thoughtless actions are taken, and consequently the people's reaction is not there best. Bitterness and anger lead employees to have another feeling called rebellion, which is nothing but an explosion of anger that makes sense of freedom, but that actually brings a greater evil, the solitude.
One such innovation is a group called the "unchurched," as if they were homeless or landless of Brazil.
Because they have become disillusioned with the church or with her leadership, this group meets over the internet (chat) to deliver their statements and their miracles, some even take "Last Supper" on the internet. How? I do not know, but do it. They meet in homes where they can be comfortable away from the dogmas and systems of the churches and so, as the internet, share their experiences and testimonies of miracles. Besides these, I also speak of extremists who do not meet over the Internet or in person, call themselves Christians but do not profess any organization. Themselves Christians, do not belong to any church. I can not say everything I think about it, but just between us: How can I be part of a people do not have any characteristic that I attach to this people?
Reveal almost everything I know, including some issues related to the Christian faith I have, but I can not understand people who feel good because they are not linked to any people (church). Call me an apologist for the church or anything, but in fact this is something that can not capture.
What worries me is that this movement is growing every day, and many people who said they were fervent in a church, are now debandando side to this "light" as they call themselves.
It is clear that many pastors contribute unprepared for this to happen, and here I speak not of theological training. Although this is also very important! But I speak of the true character of the pastor. That "giving his life for the sheep"! Where is the love? Where is the care? Where are the visitors? Where are the connections on the phone's "little brother" just to see if the poor guy is still alive or if you need help? Where the smell of the sheep in "starched uniforms" of pastors? Where is the concern with souls? And the welfare? Where are those old shepherds that even with its limitations is tolled to exercise his calling? Do not mean to hurt anybody, but actually is not that I see in many places where I spend!
What I see is the cooling of love, due to the increase of wickedness, and this is perhaps the greatest contributing factor to the growth of this new fashion among "believers".
All organizations have core issues / core and peripheral issues / banal. In the church is no different, and what makes people turn away is precisely the non-observation of these concepts. Some concerns that should be considered peripheral and trivial have come to be interpreted as central and essential, and this caused the "believer" to exercise its pass value judgment completely forgetting the love that should be beyond any sense. There must be a balance in this observation, because if it does not, the person is bound to exercise judgment, which is not advisable in any case.
In fact many things have changed, but what is essential can not be changed, that the preaching of the gospel of peace! And with so many divisions and abandonment, let Christ be preached, and this can not occur.
Beware of innovations, as the name of Christ is not the basis, indeed, it is not from God! Therefore, we should always make an analysis for high not to fall into this trap of thinking more that the "people" called "church" is no longer necessary, and that the deliverer is called Christ ceases to be announced.
This is not a call for pastors or preachers, but to every Christian. We are called to proclaim the good news and it can not change. The other things are peripheral, it is central. The other things are trivial, it is essential!
That our pastors keep love in their hearts to our brothers have patience with the attitudes of leadership, the weak in faith may be strengthened, that the poor do not be frustrated. Finally, the preaching of the gospel is truly unique essence and centrality of Christ's church.
In others, the Love, Grace and Consolation are always with everyone. Amen!
Pastor Paulo Andrade.